Também conhecido como pivô ou barra de acoplamento, estes dispositivos são utilizados para ligar as rodas motrizes de uma determinada locomotiva, de forma que possam operar simultaneamente sob a mesma força de forma linear e coordenada. As hastes de acoplamento são mais comumente encontradas em locomotivas a vapor, onde a força deve ser transmitida para rodas motrizes múltiplas com o intuito de girar as rodas e proporcionar movimento ao equipamento. Estes meios de transporte a vapor possuem dois êmbolos, um em cada lado da locomotiva. Uma vez que existe apenas um pistão para cada linha de rodas motrizes, o pistão apenas fornece energia diretamente para uma das rodas motrizes, das muitas rodas existentes, dependendo da configuração do equipamento.
As barras de acoplamento ajudam a distribuir e transferir esta força para todas as rodas motrizes. A primeira locomotiva a utilizar uma haste de acoplamento foi o Locomotion No. 1, que foi construída em 1825 por Robert Stephenson and Company. A própria locomotiva apresentava uma máquina a vapor, onde uma haste foi utilizada para ligar o motor de feixe com as suas rodas motrizes. Este foi um enorme avanço na tecnologia para fabricação de locomotivas na época, pois a maioria das locomotivas utilizavam cadeias de transferência de força. Na década de 1930, as hastes de acoplamento sofreram outro avanço, quando os rolamentos foram empregados para ajudar a reduzir o atrito, que até então gerava muitos problemas no maquinário.As barras de acoplamento desempenham um papel muito semelhante a uma haste de ligação encontrada na maior parte dos motores de movimento alternado. A parte da roda, onde a haste deve ser ligada, localiza-se fora do centro, o que torna capaz a realização de um movimento excêntrico. Este tipo de movimento é necessário para fazer com que todas as rodas contidas no sistema, operem sobre a mesma força de forma linear, caso as barras de acoplamento fossem ligadas no centro de cada roda, o movimento não seria capaz de transferir qualquer potência, pois seria nula. Devido à força transferida a partir do êmbolo da locomotiva para as rodas através da haste de acoplamento, quase todas as rodas da locomotiva devem ser equipadas com contrapesos. Estes dispositivos são muito semelhantes aos que são encontrados em virabrequins ou cambotas como são conhecidas, onde a vibração criada pelo movimento excêntrico de uma haste de ligação é equilibrado e regulado por um peso no lado oposto da manivela.
Uma das desvantagens das locomotivas que empregam as hastes de acoplamento para realizar a transferência de potência é um desequilíbrio de impulso que pode ser gerado. Os pistões, engrenagens de válvulas e bielas que impulsionam as rodas quase sempre possuem um movimento horizontal. Uma vez que ela se move horizontalmente e verticalmente, pois estes são os movimentos de giro da roda, o momento é de equilíbrio. Enquanto os contrapesos ajudam a diminuir a gravidade do desequilíbrio, ele não pode ser completamente eliminado, isso pode resultar em algo conhecido como “martelar”, onde o impulso do movimento ascendente das rodas pode causar na locomotiva momentaneamente um salto do trilho.
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